sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Não sei explicar...

Viver o momento é tao estranho, pois quando se esta ali, sem “nada” em volta, não se tem o que observar, o que admirar.
São nesses momentos de vida rotineira que se viaja.
Mas como tenho tentado não criar nenhum tipo de expectativa, são as sensações passadas que vem, não a cabeça, ela vem como se fosse real (oq eh pior).
Abro o olho num susto, não tinha reparado que estavam fechados.
O ambiente se dissipa.
Olho em volta. Tudo da mesma forma.
As vezes se passam segundos, as vezes longos minutos. Não importa, a sensação eh a mesma. Estranha. Boa. Gostosa.
Algo que não se controla, apenas vem. Não importa o lugar, pessoas, ou situação. Acontece independente do mundo à volta.
Um passo em falso no mundo real, tudo em volta muda, cores, espaço, ar.
São os milésimos de segundo mais valiosos do dia, me sinto viva.
Não adianta! Eu tento colocar em palavras, mas simplesmente não da pra explicar o que acontece, às vezes não eh nem o nome, nem a imagem, a idéia?
Não sei, alguma coisa me reporta. E ai tudo começa.
Lindo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Terra da Garoa!

Tinha que estar!
Fim de ano, incondicional a minha presença por aqui.
Viajo.
Na ida, so viajo...crio, imagino, vou longe.
Passo meu tempo com pessoas que a muito nao vejo.
Converso com elas e revejo conceitos que tinha esquecido.
Conheço pessoas que nao conheço, mas que muito prezo.
Mato saudade, que ja esta acostumada com a ausencia.
O tempo se arrasta, como sempre.
O dia mal começou, a estadia idem, e ja estou entediada.
Não saio do computador, fico online sempre que posso, como sempre.
Todos estão fazendo alguma coisa, eu não.
Dessa vez mandei a melancolia para longe, mas me sinto empty.
Como se o mundo explodisse a minha volta, e a unica reação que eu teria seria olhar, calada.
Não se passa nada pela cabeça.
Tento pensar em algo.
Tento não pensar em algo.
Fujo disso, e caio no nada.
Marco um chopp pra mais tarde, novidade na terra em que tudo acontece sempre da mesma forma. Verei um amigo que agora esta longe, mas aqui ele esta perto.
Verão, primavera, inverno, outono, tanto faz...aqui é sempre tudo igual.
Aqui se vive o momento, previsivel como nunca, mas sempre foi.
Aiai...espero o tempo passar.
Pra então no final chorar no regresso tendo a certeza de que sentirei falta, dos momentos de conversa, risadas, reflexão, companhia de pessoas muito amadas, foram, serão, poucos, eu sei, mas eu acrecento a eles um toque de saudade, saudosismo e tudo fica lindo.
É sempre assim. Sinto falta quando não tenho.
E na viagem de volta, penso, reflito, piro, choro, porque sei que estou vontando a realidade.