terça-feira, 29 de agosto de 2006

No cinema

Essa angustiante espera
Espera de nada esperar
Ninguem vai chegar
Olha-se pra todos os lados
Rostos, corpos, ninguem
Um estranho. Varios estranhos
Só são estranhos
Ninguem vai chegar
Ninguem está atrasado
Não espero
Só se espera o que pode chegar
Ninguem vai chegar
Jeitos, rostos parecidos
Ninguem conhecido
A sessão começa
Ela/ele ia gostar de ter sido convidada
Droga.

Por que sempre estou em lugares que não me pertencem?
Por que sempre sou "de fora"?
Nunca sou daqui ou dali
Não sou de Angra, nem do Rio
Estou em Sampa.

Passei rapido o rosto pela multidão e pensei ter visto um rosto amigo
Claro que não
Por um segundo...
Por que tive que olhar pra confirmar?
Estou proxima de voces
Mas voces estão sempre atrasados
Nunca vi igual
Voces vão chegar

1 Comments:

Blogger Brena Braz said...

Poesia do cotidiano... lindo isso!
Eu não conseguiria nem metade dessas palavras.
Beijos

12:18 da tarde  

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