domingo, 24 de setembro de 2006

Saudade

Bom, faz uma semana q eu estou em terra estrangeira
Passei incrivelmente bem
Estou realmente amando Auckland, e toda essa experiencia, fato.
Nao fiz amigos, nem estou andando com mil pessoas alegres e felizes, todas contentes com tudo, nao!
To sozinha, mas muito bem assim. Curtindo um momento so meu.
Me perdendo com um monte de alemao na floresta.
Indo com um bando de brasileiros pruma praia cheia de coisa de vulcao, e jogado futebol.
Indo a galeria de arte e vendo muitas coisas que me dao um aperto de saudade que so eu entendo.
Os brasileiros que aqui estao grudam em mim, mas eu nao quero ficar muito perto deles, primeiro porque pretendo aprender ingles, segundo que eu prefiro ficar sozinha mesmo.
Nao encontrei ninguem legal pra ser meu amigo ainda, mas tambem nao estou com pressa.
Estou procurando emprego e economizando mais do que eu posso, so gasto com comida mesmo.
Sempre que me sinto sozinha, penso no quanto vou ter que trabalhar e nas coisas que tenho q fazer pra tomar coragem pra poder juntar dinheiro pra ver meus amigos e quem amo.
Tento tirar forca ate desse vento gelado, e muitas vezes consigo. Mas as vezes so da vontade de pegar a carta que fez pra mim, ficar lendo, abracar o juca, e me trancar no quarto. Mas so faco isso a noite quando ja corri atras de tudo que preciso e ja estou devidamente alimentada. Tudo no seu devido espaco de tempo.
Aqui eh fenomenal, seria perfeito se tivesse todos aqui, mas nada eh perfeito...e a perfeicao tem q ser muito bem esculpida, entao estou indo a luta, em busca do melhor.
Sei que tudo que to fazendo eh em busca de algo maior, vale a pena passar por isso. E acho que eh lidando com as coisas assim que eu to conseguindo ir tao bem e o melhor, indo feliz, em busca do meu futuro.
Saudade...nao sinto falta da cidade ainda, nem dos bares, nem das praias. Sinto falta dos olhares, dos abracos, da compreensao, das conversas sinceras, do simples estar, de escutar, de fazer parte atuante na vida dos que me rodeiam e que tanto amo, de ter o poder de tirar um sorriso de um rosto amigo antes angustiado (que felicidade que isso da).

Mas as vezes so queria um abraco apertado e despretencioso, bastava.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sabe, Gio, ontem me lembrei de vc.
É, isso mesmo!
Não tenho a menor noção de como vc seja, mas acompanho, seus relatos.
Às vezes pelo vae, às vezes pelo carpe diem...
E ontem, numa reportagem na tv Record, sobre estudantes estrangeiros que fazem intercâmbio aqui no Brasil, todos foram unânimes em afirmar o quanto se sentiram espantados pelo fato de que tiveram que aprender a beijar e, sobretudo, a abraçar!
Eles não tem este costume e isso os impressiona.
Foi então que pensei em vc.
E, ao ler sua crônica, tive minha suspeita confirmada:
Esse negócio da gente grudar em amigo, parente, namorada ou mero conhecido, tascando-lhes um sufocante abraço, é tão comum que faz falta para os brasileiros que fazem o caminho inverso...
Só não se deixe contaminar com os hábitos frios dos estrangeiros.
Vc tem muita força, e sabe disso.
Sinta-se abraçada por esta desconhecida, que lhe deseja muito sucesso na sua empreitada!

1:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

oi gio!
eu também cheguei ao seu blog através do vae e estou achando sua experiência demais. se joga mesmo! e está servindo de força para mim porque estou indo para londres em dezembro, no mesmo esquema, estudar e tentar a vida.
conselho: nem ande muito mesmo com brasileiros, invista no inglês e em novas culturas, senão você volta como foi. beijo e muito boa sorte.

9:01 da manhã  

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